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Métricas para Inovação

Discutindo os Números
Discutindo os Números

Alguns afirmam que a inovação, por sua definição, não pode ser gerenciada.

Outros rebatem dizendo que isto é claramente possível,

desde que sejam definidos parâmetros, aspectos-chave, ou fatores organizacionais, 

a partir dos quais os processos de inovação possam ser acompanhados e avaliados.

​

Sem entrar neste debate, podemos afirmar que, para as organizações,

torna-se fundamental a definição de métricas que auxiliem no monitoramento

dos resultados associados ao investimento de recursos de qualquer natureza. 

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Neste sentido, a análise dos resultados derivados da aplicação de práticas de inovação,

tanto no desenvolvimento de projetos como no nível organizacional,

pode contribuir para a gestão ágil da inovação, subsidiando a tomada de decisão

com informações objetivas sobre esta aplicação.

Isto porque a inovação não se basta por si só. Ela é, na realidade,

um dos caminhos para a organização alcançar seus objetivos estratégicos.

Medir o que interessa

Métricas para a inovação devem ser moldadas ao ambiente particular de desenvolvimento de projetos e, também, organizacional. Visto que todo o processo de monitoramento envolve custo, ele precisa, ao mesmo tempo, criar valor suficiente para o projeto, e para a organização, de forma que compense o investimento feito na mensuração e controle. Isto indica que métricas que sejam relevantes para uma organização, podem não ser do interesse de outras.

Por este motivo, o processo de definição de métricas para inovação deve ser criterioso e considerar, em primeiro lugar, os objetivos estratégicos do projeto ou da organização. Em seguida, é imprescindível analisar a viabilidade desta mensuração, percebendo se ela é comportada pela cultura, estrutura e recursos organizacionais disponíveis, de forma que possa ser implementada uma mensuração eficiente de indicadores, com base em informação relevante, precisa e completa. 

Os Projetos

Quando se trata da gestão de projetos de inovação, métricas simples podem ser definidas para o registro e monitoramento de cada uma das fases do processo de desenvolvimento da inovação, seja ela: a compreensão, a exploração ou a materialização. - Lembrando sempre, porém, da natureza não linear deste processo -. Para cada métrica, deve ser atribuído um, ou mais, indicadores, conforme viabilidade técnica do projeto ou da organização. Após definidas, um dashboard consolidado pode ser implementado, exibindo a evolução dos indicadores ao longo do projeto. Com a alimentação subsequente de dados de projetos de inovação seguintes, tem-se, ao longo do tempo, um portfolio de projetos de inovação desenvolvidos para uma análise mais robusta das melhores práticas adotadas.

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A Organização

A inovação é percebida como uma prioridade para muitas organizações, no entanto, gerenciá-la de forma eficaz ainda é um desafio para algumas.  Quando se trata da gestão da inovação organizacional, deve-se ampliar o foco de observação e utilizar múltiplas perspectivas para a definição de métricas mais sofisticadas. Isto porque indicadores orçamentários tradicionais não são adequados para a gestão efetiva da inovação. É preciso analisar como ela desenvolve-se na organização a partir de quatro aspectos-chave: da estratégia, dos recursos, da estrutura e da cultura. Para tanto, é importante estabelecer um sistema de gestão da inovação, com base em métricas que alcancem estes aspectos e que, efetivamente, possam trazer informação relevante para a tomada de decisão.

integração de métricas

Entrevista

Empatia

Nesta etapa, a equipe aprende sobre a audiência para a qual o projeto está sendo desenvolvido. São realizadas entrevistas com usuários, clientes e todas as demais partes interessadas, na busca de percepções sobre o problema em questão. Existem, também, outras atividades a partir das quais pode ser desenvolvida empatia com os atores-alvo, como através da observação de suas atividades, chats e mídias sociais, ou mesmo  da pesquisa-ação. Neste momento, a quantidade, em lugar da qualidade, é usualmente mais significativo para a análise. Neste sentido, duas métricas podem ser significativas: número de entrevistas com usuários e interessados; número de usuários engajados.

Definição 

Nesta etapa, a equipe, com base na compreensão de para quem o projeto está sendo desenvolvido, converge para a definição do(s) problema(s) a ser(em) solu-cionado(s) e seus respectivos desafios. Neste sentido, duas métricas podem ser aplicadas nesta etapa: número de questões definidas a partir das atividades de empatia; número de insights a partir das questões levantadas.

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O que Observar?

Compreensão das Necessidades

O que observar
reunião

Ideação

Esta é a etapa de geração de ideias a partir das informações levantadas e da problemática definida. Podem ser geradas ideias de várias maneiras, tanto individualmente, em pares (mesmo com um cliente), e como uma equipe (ou até mesmo um grupo de usuários) com regras de brainstorming para auxiliar a gerar mais e melhores ideias. Duas métricas são sugeridas para esta etapa: número de ideias geradas e número de hipóteses formuladas a partir das ideias.

Prototipação

Depois de criar uma série de ideias, analisar as melhores e levantar as hipóteses, podem ser criados protótipos simples.  Os primeiros protótipos são feitos com materiais básicos, ou digitalmente com aplicativos.  O objetivo é ser capaz de fazer algo com o qual se possa interagir, mostrar para as pessoas e obter feedback.  A materialização de uma ideia, mesmo que de forma rudimentar, pode contribuir para a identificação de detalhes ainda não conjecturados ou percebidos. A partir disto, versões novas e melhores dos protótipos podem ser desenvolvidas. Neste sentido, podem ser usadas duas métricas: número de protótipos construídos e número de protótipos versionados.

reunião

Exploração da Solução

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Teste

Com os protótipos construídos, testes com os usuários devem ser feitos.  É preciso ver como eles se envolvem com os protótipos ou podem usá-lo, como eles falam sobre o protótipo.  Durante este processo, aprende-se também como os usuários podem se referir a partes do protótipo ou como chamam a solução. Isto é importante, porque mantem a comunicação clara entre desenvolvedores e usuários. Duas métricas, portanto, são sugeridas: número de protótipos avaliados e número de protótipos convertidos em projetos.

Implementação

Nesta etapa tem-se a implantação efetiva das soluções prototipadas, testadas e refinadas. Mesmo assim, eventuais aspectos não percebidos antes, ou erros funcionais, podem surgir quando estas soluções passam a rodar em ambiente real, mais complexo. Portanto, algumas métricas podem ser aplicadas para monitorar o andamento da própria solução implementada como também orientar os próximos desenvolvimentos. São elas: número de inconformidades da solução, número de medidas corretivas e número de medidas preventivas.

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Materialização da Solução

Not everything that counts can be counted,

and not everything that can be counted counts

Cameron, W.,B. 1963. Informal Sociology, a casual introduction to sociological thinking Random House, New York. (Fifth printing, January 1967).

William Bruce Cameron

Cameron, W.,B. 1963. Informal Sociology, a casual introduction to sociological thinking Random House, New York. (Fifth printing, January 1967).
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